Evento discute futuro da comunicação na Rural
por Bruna Rodrigues, Caio Assis e Talyta Magano
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Nídia Majerowicz, Sandro Freire, Simone Orlando,
Alexandre Guedes e João Henrique
Foto de Caio Assis |
O auditório do Pavilhão de Aulas Téoricas (PAT) foi palco de uma discussão inovadora dentro da Rural, no dia 30 de outubro. Com o tema O futuro da Comunicação na UFRRJ: desafios e possibilidades, o seminário colocou em debate questões como a necessidade de uma comunicação interna e externa melhor direcionadas, a efetiva usabilidade do site da Instituição e a criação de um Centro Integrado de Comunicação, entre outras.
O evento foi uma iniciativa dos cursos de Jornalismo, Belas Artes, Letras, Administração, Sistemas de Informação e Ciências da Computação, com o objetivo de discutir, da forma mais transparente e multidisciplinar possível, as perspectivas para a comunicação na Rural. Mais adiante, quando as discussões tiverem resultado em propostas mais amadurecidas, será elaborado um documento a ser disponibilizado a toda comunidade acadêmica e à próxima gestão da reitoria.
Na parte da manhã, a mesa redonda Um panorama sobre a comunicação na UFRRJ, mediada pela coordenadora do curso de Jornalismo, professora Simone Orlando, contou com as presenças da pró-reitora de graduação, Nídia Majerowicz, do gerente de projetos da Coinfo, Sandro Freire, do assessor de imprensa da Ascom, João Henrique de Oliveira, e do professor do curso de Belas Artes, Alexandre Guedes. Durante quase três horas, os convidados abordaram os problemas na comunicação da Universidade. Segundo a professora Nídia, trata-se de um debate fundamental para a construção da identidade de cada curso e da própria Rural.
Logo após a exposição de ideias da pró-reitora, Sandro Freire falou sobre o website da UFRRJ. Ele ele frisou a importância da comunidade acadêmica formalizar sua insatisfação com o site, apontando onde acha que deve melhorar. Segundo Sandro, é necessário um direcionamento do site a partir das estratégias da Universidade, de modo que as informações estejam alinhadas com os anseios da Instituição.
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Professor Alexandre Guedes
Foto de Caio Assis |
Sobre assessoria, João Henrique apresentou panoramas relativos ao funcionamento dessa área em outras universidades do Rio de Janeiro, citando os pontos positivos e negativos dos trabalhos desenvolvidos na UFRJ, UFF, UNIRIO e UENF. Para ele, a Rural possui hoje mais uma assessoria de imprensa do que uma assessoria de comunicação, então, é fundamental ter uma estratégia de organização melhor capaz de mudar esse quadro.
A ideia da criação de um Centro Integrado de Comunicação foi proposta pelo professor Alexandre Guedes. Colaborador da EDUR, Editora da UFRRJ, ele prioriza, com base em suas experiências, envolver os alunos em todos os processos universitários.
– Englobando tudo o que já foi falado até aqui hoje, este Centro será um lugar que congregará todos os setores e que funcione de forma extremamente profissional. Assim, daremos conta de todas as nossas demandas, externas ou internas, enquanto universidade. O objetivo principal, na minha concepção, é o aluno como canal para melhorar a comunicação da UFRRJ, além de ganhar no que diz respeito à qualificação profissional.
Conforme ressaltou Alexandre, o projeto é totalmente inovador, nenhuma outra instituição possui algo parecido. Durante sua fala, ele também explicou como funcionaria o Centro na prática: uma combinação de alunos e professores, vivenciando a comunicação, tanto teoricamente como na prática, com estúdios de rádio e tv, por exemplo, além de técnicos e apoio de todas as instâncias da UFRRJ, principalmente da Reitoria. Segundo o professor, trata-se de um projeto grande, que necessitaria de pelo menos R$12 milhões de investimentos para começar a funcionar.
Na segunda parte do seminário, já no período da tarde, os participantes dividiram-se em cinco grupos de trabalho com o objetivo de direcionar as discussões para alguns temas.
O diagnóstico constatado pela maioria dos grupos revela a falta de material humano como um dos principais entraves para uma comunicação de qualidade na UFRRJ. A editora e professora do curso de Letras, Tânia Mikaela, declarou que a falta de pessoas é o que mais atrapalha o trabalho da EDUR:
– Os funcionários exercem muitas tarefas e ficam assoberbados. Além disso, a gráfica não está equipada de forma satisfatória para atender a demanda de produção.
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GT discute comunicação interna da UFRRJ
Foto de Phelype Gonçalves |
Outra temática colocada em pauta se refere aos veículos de comunicação da Universidade, como o site e o Rural Semanal. Segundo os estudantes de Jornalismo, Vitor Sena e Gian Cornachini, a comunicação interna precisa de mudanças urgentes. Em relação ao site, Cornachini resumiu:
– O aluno procura, procura e não acha nada. É necessária uma cobrança enérgica que traga mudanças palpáveis para a comunicação universitária.
O GT de comunicação externa apresentou uma lista com mais de quinze 15 sugestões, dentre elas, a de criar uma gestão estratégica de comunicação. Segundo o jornalista João Henrique Costa, a comunicação não é entendida como ponto estratégico na Universidade.
O grupo de comunicação interna discutiu a valorização do servidor como fator fundamental. A professora do curso de Jornalismo, Cristiane Venâncio, comentou que são necessárias ações concretas para que o funcionário sinta-se motivado:
– Pensamos em realizar uma semana administrativa semelhante à acadêmica, no entanto, voltada para os servidores. Assim, poderemos ouvi-los e receber novas ideias.
No final, a professora Simone Orlando propôs uma maior atenção aos problemas do site:
– Precisamos criar um grupo de trabalho específico, pois o site é um veículo que atende a muita gente e podemos interferir rapidamente.
Ela destacou, ainda, que o encontro atendeu às expectativas, pois a intenção era introduzir o assunto na Universidade. E lembrou a importância da parceria com a Coinfo, Edur, Ascom/ UFRRJ, Setor de Comunicação da Prograd e da Comunicação do Instituto Três Rios para a realização do evento.
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